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Perguntas Frequentes
- Qual é a diferença entre tempo e clima?
A diferença entre tempo e clima está essencialmente na escala temporal e espacial que os envolve, pois, ambos descrevem as mesmas variáveis. O tempo diz respeito a um estado momentâneo da atmosfera – situação meteorológica, caracterizada por um conjunto de elementos atmosféricos como a temperatura do ar, vento à superfície, pressão atmosférica, nebulosidade, humidade relativa do ar, etc. É espacialmente local ou regional e, temporalmente é imediato ou para poucos dias depois. O clima, é uma síntese dos estados de tempo característicos de um dado local ou região, num determinado intervalo de tempo. Apresenta uma escala espacial que é global ou continental e, a nível temporal, deve ser representado por um período de mais de 30 anos, podendo o espetro de análise ser secular, milenar ou ainda maior.
Por exemplo: Ao dizer que amanhã vai chover, ou que a temperatura vai subir nos próximos dias, estamos a falar de tempo. Quando dizemos que a região Sul de Portugal Continental apresenta um clima temperado com inverno chuvoso e verão seco e quente, estamos a falar de clima.
- Qual é a diferença entre alterações climáticas e aquecimento global?
Uma mudança/alteração climática, tanto pode corresponder a um período de aquecimento global (como o que se está a registar neste momento), como a um período de arrefecimento global (como o que a Terra registou entre meados do século XVI até meados do século XIX designado por Pequena Idade do Gelo). A expressão “aquecimento global” surgiu em 1975, quando o cientista Wallace Broecker, do Observatório Terrestre de Lamont-Doherty, publicou um artigo pioneiro a alertar para o risco global que advinha dos gases com efeito de estufa (GEE). A expressão tornou-se muito usual na comunidade científica durante a década seguinte até que, gradualmente, começou a ser mais consensual utilizar a expressão “alterações climáticas” dada a sua maior abrangência. Embora o planeta esteja a aquecer de uma forma global, uma das preocupações com o uso da expressão “aquecimento global” tem a ver com o facto de o planeta não estar a aquecer de forma uniforme, havendo algumas regiões onde até se pode verificar um arrefecimento.
- O que é o IPCC?
O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC na sigla em inglês), é o organismo criado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 1988. Tem como objetivo fornecer dados científicos sobre o atual conhecimento em matéria de alterações climáticas, como as suas causas, os seus principais impactes ambientais e socioeconómicos assim como opções de resposta. Este painel, que conta atualmente com 195 membros, constitui a base para o estabelecimento das políticas climáticas à escala global e de cada um dos países. Uma das advertências basilares do IPCC é a necessária (e urgente) redução imediata das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), para limitar o aumento da temperatura média global. O último relatório de avaliação (AR5) ficou concluído em 2014, estando os primeiros capítulos do próximo relatório, AR6, previstos para 2021. Estes grandes relatórios são uma revisão meticulosa do estado da arte com base nas últimas publicações científicas relacionadas.
As mensagens chave do relatório de avaliação AR5 são:
- O aquecimento da superfície terrestre e dos oceanos é inequívoco, sendo clara a influência humana;
- As contínuas emissões de GEE vão aumentar a probabilidade de danos graves e irreversíveis para as pessoas e os ecossistemas;
- Enquanto as alterações climáticas são uma ameaça ao desenvolvimento sustentável, são também uma oportunidade para integrar medidas de mitigação e adaptação assim como de procurar novos objetivos sociais;
- A Humanidade tem os meios para limitar o aquecimento global (através da redução das emissões de GEE) e construir um futuro mais sustentável e resiliente;
- O que é o efeito de estufa?
O efeito de estufa é o processo físico que influencia o clima da Terra, através dos gases com efeito de estufa (GEE) presentes na atmosfera terrestre que impedem que o calor se escape para o espaço. É um fenómeno importante para a manutenção da vida da Terra, pois sem o efeito de estufa, que sempre existiu por causas naturais, a temperatura na superfície terrestre rondaria os -18˚C, em vez dos agradáveis 15˚C (aproximadamente). A Terra é aquecida pelo Sol. Os principais gases constituintes da atmosfera, essencialmente nitrogénio e oxigénio, deixam passar a radiação que é emitida pelo Sol (com pequeno comprimento de onda) assim como a radiação que é emitida pela superfície terrestre (com maior comprimento de onda, na gama do infravermelho). No entanto, outros constituintes da atmosfera, como o vapor de água e o dióxido de carbono (GEE), impedem que a radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre escape para o espaço, difundindo-a em todas as direções, sendo que uma parte significativa é reenviada de novo para a Terra. O problema que enfrentamos hoje deve-se à quantidade excessiva de GEE lançados para a atmosfera pelo Homem. Uma concentração acrescida de GEE leva a que a radiação na gama do infravermelho se escape da Terra com mais dificuldade, o que faz aumentar a temperatura do planeta.
- Quais são os principais gases com efeito de estufa (GEE) e qual a sua proveniência?
A atmosfera terrestre é constituída por vários gases, sendo os principais o nitrogénio (N2) e o oxigénio (O2), que juntos compõem cerca de 99% do “ar”. Os GEE, gases com capacidade de reter a radiação infravermelha emitida pela Terra, ocorrem em quantidades muitos inferiores e são, por exemplo, o vapor de água, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6), trifluoreto de azoto (NF3) e os grupos designados por hidrofluorcarbonetos (HFCs), perfluorcarbonetos (PFCs) e clorofluorcarbonetos (CFCs).
O seu impacte nas alterações climáticas depende de três fatores:
1) A quantidade de GEE que existe na atmosfera, sendo que quanto maiores forem as emissões, maior é a sua abundância na atmosfera;
2) A quantidade de tempo que cada gás permanece na atmosfera depois de ser emitido, que varia muito de gás para gás e, no caso do dióxido de carbono é superior a 100 anos;
3) A quantidade de energia que cada gás consegue absorver, também é variável entre os diferentes gases.
GEE existem naturalmente devido à atividade biológica e vulcânica da Terra, mas presentemente uma grande parte teve a sua origem na atividade humana. O dióxido de carbono apresenta uma concentração atual que é 40% mais elevada do que no início da era industrial. É o principal GEE produzido pela atividade humana e é responsável por 63% do aquecimento mundial antropogénico. O metano é o segundo GEE cujas concentrações mais têm aumentado devido à atividade humana, sendo responsável por 19% do aquecimento antropogénico. O óxido nitroso, que tanto ocorre naturalmente como pode ser resultado da atividade humana, é responsável por 6% do aquecimento antropogénico e os gases fluorados são exclusivamente de origem antropogénica. O óxido nitroso, os CFCs e os HFCs são também os gases responsáveis pelo buraco da camada de ozono. As principais fontes de origem dos GEE são: Dióxido de carbono – entra na atmosfera através da queima de combustíveis fósseis (carvão, gás natural e petróleo), resíduos, árvores e outros materiais biológicos, assim como resultado de reações químicas durante o processo de fabrico de cimento. Metano – é emitido durante a produção e o transporte de carvão, gás natural e petróleo. As suas emissões também estão associadas à atividade agrícola e pecuária, à degradação dos resíduos orgânicos nos aterros sanitários, à queima de biomassa e ao uso de energia. Óxido nitroso – é emitido durante as atividades agrícolas (utilização de fertilizantes que contêm azoto), a combustão de combustíveis fósseis e de resíduos, assim como durante o tratamento de águas residuais. Gases fluorados – são emitidos no decorrer de vários processos industriais, sendo utilizados no fabrico de semicondutores em comutadores de alta tensão, de fluídos refrigerantes, solventes de limpeza e na produção de magnésio, entre outros. Têm um efeito de aquecimento muito forte, que chega a ser 23 mil vezes superior ao do dióxido de carbono.
- O buraco do ozono está a agravar as alterações climáticas?
O ozono e o clima alteram-se mutuamente uma vez que a temperatura, a humidade, os ventos e a presença de substâncias químicas na atmosfera influencia a formação de ozono e, por sua vez, a presença de ozono influencia os restantes constituintes atmosféricos. O principal impacte do ozono ao nível das alterações climáticas tem a ver com a temperatura uma vez que se comporta também como GEE – quanto mais ozono existir, mais calor é absorvido. O buraco na “camada de ozono” na atmosfera reduz assim o efeito de estufa. No entanto, o ozono (na estratosfera) atua como um protetor solar do planeta, absorvendo grande parte da radiação ultravioleta B (UV-B), radiação solar que provoca efeitos nocivos (ou até mesmo letais) nos seres vivos, colocando em risco a saúde humana e ambiental. Como o ozono é um constituinte fundamental da atmosfera para assegurar a vida na Terra, foram tomadas medidas para reduzir a sua produção e uso de substâncias que estavam a destruir a “camada de ozono”. Prevê-se uma recuperação total em 2065.
- Quais os setores de atividade que mais contribuem para as alterações climáticas?
As atividades humanas são responsáveis pelo aumento da concentração de gases com efeito de estufa (GEE) na atmosfera nos últimos 150 anos. A nível global, segundo os dados do último relatório de avaliação do IPCC (2014), as principais fontes antropogénicas de emissão de GEE estão relacionadas com a queima de combustíveis fósseis para produção de eletricidade e aquecimento e com a atividade agrícola e a desflorestação. Relativamente a Portugal, segundo os dados de 2016 da Agência Portuguesa para o Ambiente, o setor da produção e transformação de energia representa 25,7% das emissões nacionais, seguindo-se o setor dos transportes com 24,7%. Comparativamente à escala global, o setor agrícola apresenta um menor impacte, contabilizando 10% das emissões.
- Quais são os principais países emissores de gases com efeito de estufa (GEE)?
Os GEE permanecem na atmosfera por período que podem chegar aos milhares de anos, tendo, portanto, um impacte global, independentemente do país onde foram libertados. Em 2014, de acordo com o relatório do IPCC, os principais emissores de GEE são a China (30%), os Estados Unidos (15%), a União Europeia (9%), a Índia (7%), a Rússia (5%) e o Japão (4%). Dentro do espaço “União Europeia”, os principais países emissores de GEE são a Alemanha, o Reino Unido, a França e Itália. De acordo com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (dados de 2015), relativamente às emissões atmosféricas mundiais por tipo de poluente, verifica-se que o dióxido de carbono é GEE mais emitido. No entanto os outros GEE apesar de emitidos em quantidades muito inferiores, têm um efeito de aquecimento mais forte uma vez que a sua capacidade de reter o calor é mais eficaz.
Dióxido de carbono – 81,2%
Metano – 10,6%
Óxido nitroso – 5,5%
Hidrofluorcarbonetos (HFCs) – 2,5%
Outros gases fluorados – <0,2%
- Quais são os países mais vulneráveis às alterações climáticas?
As alterações climáticas observadas já estão a ter um grande impacte nos ecossistemas, na economia e na saúde e bem-estar das pessoas. De um modo geral, as zonas rurais apresentam os maiores ricos porque é onde existe um maior número de pessoas em maiores situações de pobreza. O programa da Universidade de Notre Dame – Notre Dame Global Adaptation Index – que classifica os países de acordo com o seu potencial de adaptação às alterações climáticas, indicou que a República Democrática do Congo, a República Centro-Africana, a Eritreia, o Burundi e o Chade são os países mais vulneráveis às alterações climáticas. Por outro lado, a Noruega, a Nova Zelândia, a Suécia e a Finlândia são os países mais bem preparados para responder às pressões emergentes derivadas das alterações climáticas. O mapa de vulnerabilidade que se segue dá uma visão geral do mundo, onde a vermelho estão os países mais vulneráveis e a verde os menos vulneráveis. Dentro do contexto Europeu, destaca-se a Europa do sul e sudeste por serem as regiões onde se preveem mais efeitos adversos. Já se verifica um aumento da temperatura e uma diminuição da precipitação e dos caudais dos rios, o que aumenta o risco de secas severas, reduz o rendimento agrícola e pode levar à perda de biodiversidade e ao aumento dos incêndios florestais. As áreas costeiras e planícies aluviais na Europa ocidental constituem também uma região crítica, uma vez que enfrentam maior risco de inundações devido ao aumento do nível médio do mar.
- Qual é a diferença entre pegada ecológica e pegada carbónica?
Tanto a pegada ecológica como a pegada carbónica são indicadores que permitem aferir sobre o impacte que o nosso estilo de vida acarreta. A pegada ecológica representa a área biologicamente produtiva (cultivo, pastagem, floresta e pescas) que é necessária para gerar os produtos, bens e serviços que sustentam o nosso estilo de vida. Ou seja, a porção de território necessária para: - Produzir toda a energia consumida; - Produzir todas as matérias-primas que utilizamos; - Fornecer o espaço para acomodar todas as infraestruturas; - Eliminar todos os resíduos que produzimos. Verifica-se um grande desequilíbrio de consumo entre as sociedades industrializadas e as não industrializadas, sendo que é inequívoco que uma parte do mundo está a consumir muito para além dos limites físicos no nosso planeta. Perante as circunstâncias atuais, seriam necessários 1,7 planetas. Caso todos tivéssemos os hábitos dos habitantes dos EUA, seriam necessários 5 planetas. Se fossemos todos alemães eram precisos 3,2 e se toda a população mundial adotasse os hábitos dos portugueses seriam necessários 2,3 planetas. A pegada carbónica é o indicador que se refere à quantidade total de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) que direta ou indiretamente produzimos com o nosso estilo de vida. Ao reduzirmos a nossa pegada carbónica, estamos a reduzir também a nossa pegada ecológica. Existem várias opções disponíveis online que permitem calcular a pegada ecológica e/ou carbónica.
- O que é o Dia da Sobrecarga?
O Dia da Sobrecarga da Terra simboliza o dia do ano em que esgotamos os recursos gerados nesse ano de acordo com a biocapacidade do planeta. Neste momento, a humanidade está a utilizar os recursos disponíveis 1,7 vezes mais rápido do que o planeta tem capacidade de recuperar. Este desequilíbrio entre a oferta e a procura começou na década de 70, quando os recursos produzidos num ano deixaram de ser suficientes e a partir daí temos vindo a viver a crédito. A cada ano que passa, o Dia da Sobrecarga vem mais cedo, sendo que em 2018 foi no dia 1 de agosto. É um desequilíbrio que acarreta perdas de ecossistemas e de qualidade de vida, levando ao aumento da desflorestação, à sobrepesca, à escassez de água doce, ao aumento da poluição, da erosão do solo e da perda de biodiversidade assim como ao aumento das emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
- Ainda estamos a tempo de travar as alterações climáticas?
As alterações climáticas já estão a acontecer, tendo sido estabelecido o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global até um máximo de 2˚C até ao final do século XXI, em relação ao observado na era pré-industrial. O ser humano foi capaz de induzir alterações climáticas e encontra-se a trabalhar para remediar o problema. No entanto, as alterações climáticas não têm uma resolução imediata. Mesmo que conseguíssemos parar já com as emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa (GEE), o aquecimento do planeta iria continuar por várias décadas (ou até mesmo séculos) porque o dióxido de carbono, que é o principal GEE responsável pelas alterações climáticas, permanece na atmosfera durante centenas de anos. Também o próprio planeta, nomeadamente os oceanos, levam tempo para reagir e a adaptar-se a grandes mudanças.
- Porque está a subir o nível médio do mar?
A subida do nível médio do mar deve-se a dois fatores principais. Por um lado, a expansão térmica que é provocada pelo aquecimento dos oceanos (à medida que a água aquece, aumenta de volume) e, por outro lado, o degelo dos glaciares e dos mantos de gelo da Gronelândia e da Antártida que contribuem para o aumento da quantidade de água.
- O que é o permafrost?
O permafrost é uma camada de solo que se encontra gelada há pelo menos dois anos. Representa cerca de um quarto da área terrestre do hemisfério norte, incluindo metade do Canadá, a maior parte do Alasca e uma grande parte do norte da Rússia, assim como uma pequena parte da Escandinávia e várias regiões de montanha próximo do Equador. O permafrost começa a alguns centímetros da superfície e estende-se até algumas dezenas de metros abaixo da superfície, mantendo temperaturas negativas durante todo o ano. Nos casos em que a sua espessura chega a ser de várias centenas de metros, a temperatura começa a subir acima dos 0˚C devido à proximidade ao centro da Terra. O degelo do permafrost levanta graves problemas, como a libertação de gases com efeito de estufa (GEE) que ali estavam neutralizados, como a fuga de vírus e bactérias aprisionados há milhares de anos. Outro dos problemas prende-se com o abatimento da superfície, devido à fusão das bolsas de gelo que levam à criação de lagos subterrâneos. Se estes “lagos” ficarem sem água, a cavidade resultante pode entrar em colapso e levar ao abatimento da superfície como já aconteceu anteriormente.