A Câmara Municipal da Maia promoveu, no dia 12 de abril, o workshop “Roadmap para a Transformação Urbana”. A iniciativa realizou-se no âmbito do projeto SPARCS – Sustainable energy Positive & zero cARbon CommunitieS, apoiado pelo Horizonte 2020, que pretende demonstrar soluções inovadoras ao nível dos sistemas energéticos urbanos com o intuito de transformar as cidades em ecossistemas sustentáveis e focados na comunidade.

A abertura do encontro contou com a presença da Vereadora do Ambiente e Qualidade de Vida da Câmara Municipal da Maia, Marta Peneda, para quem este encontro representa “mais um sinal do compromisso do Município para o desígnio que é a descarbonização do território”. “Espera-se o contributo de cada um de vós porque as grandes ideias resultam precisamente da partilha”, sublinhou.

De forma a impulsionar a discussão técnica, os participantes foram distribuídos por cinco áreas previamente definidas – Desenvolvimento Urbano, Energia, Mobilidade, Cidade Integrada & Inclusiva e Cidade Smart & Sustentável.

O evento contou com apresentações de enquadramento estratégico sobre os principais desafios do projeto. A intervenção sobre mobilidade urbana sustentável foi assegurada por Paula Teles. A coordenadora da revisão do PMUS da Maia destacou o caminho que o Município da Maia tem vindo a traçar no sentido de alcançar dois dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – Descarbonização e Humanização. “Cidades humanizadas, cidades ginásio ao ar livre são a melhor solução para a descarbonização. São a melhor forma de fazer com que o carro não seja o Rei da mobilidade”.

Uma cidade mais amiga e mais sustentável, ressalvou Paula Teles, “é quando voltarmos a ter as crianças a brincar na rua”.

A transição energética foi outro dos temas em destaque e esteve a cargo do coordenador na Direção de Sustentabilidade e Mobilidade da ADENE, Hélder Rodrigues. A Transição Digital fechou o painel de especialistas com uma intervenção do diretor do Departamento do Centro de Gestão de Inteligência Urbana da CM de Lisboa, João Tremoceiro.

Seguiu-se a dinamização de um exercício estratégico em torno das cinco áreas estratégicas chave definidas no SPARCS, através de uma metodologia de cocriação de forma a desenhar um roteiro para a transformação urbana. Os participantes tiveram como referência uma Visão de Cidade a 2050, também ela resultado de um processo de trabalho colaborativo com o ecossistema local.

Outro objetivo era robustecer um Plano de Implementação para as cinco prioridades já previamente identificadas, com particular destaque para a identificação e priorização de objetivos mensuráveis e metas passiveis de implementação no horizonte temporal até 2050.

Para além do apoio das entidades parceiras do município no projeto SPARCS, Agência de energia do Porto (AdE Porto), EDP_NEW e Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), estiveram presentes entidades de natureza diferente, desde o setor empresarial público, instituições académicas, organizações não governamentais (ONG) e representantes de associações profissionais e dos cidadãos em geral.

Segue-se agora uma análise mais fina dos contributos obtidos para cada uma das cinco visões estratégicas com vista à consolidação de um Roteiro para a Transformação Urbana que conduza a Maia a um sistema urbano e energético inteligente, integrado, descentralizado e positivo em carbono até 2050.