![]()
6127
Institucional3214
Eleições Presidenciais 20261498
Notícias8036
Agenda: próximos eventos7592
Câmara Municipal4411
Assembleia Municipal3764
Apoio ao Consumidor7144
Recursos Humanos8085
Polícia Municipal9809
Proteção Civil2653
Provedor dos Munícipes9720
Energia e Mobilidade2833
Planeamento1908
Reabilitação Urbana8982
Relações Internacionais7919
Inovação e Desenvolvimento2249
Gestão Urbana3618
Regulamentos Municipais786
BUPi - Balcão Único do Prédio6047
Atendimento Municipal6893
Empresas Municipais5052
Sistema de Gestão6128
Requerimentos7553
Metrologia1498
Boletins Municipais8902
Juntas de Freguesia7565
Canal de Denúncias5133
Contactos
135
Viver75
Investir2311
Visitar
REVISTA DA MAIA - ano IV - nºs. 1 e 2
EDITORIAL
Guardiã de memórias
Hoje começo por partilhar convosco dois pensamentos. Vereis que vêm a propósito. O primeiro é de Oscar Wilde e reza assim: “Memória é o diário que trazemos sempre connosco”. O segundo, é de Lois Lowry, autor de O Doador, obra que conta a história de uma comunidade do futuro e do seu Receptor de Memórias, alguém que tem a missão de guardar todas as memórias, indesejáveis ou não, dos seus habitantes. É considerado um dos 100 melhores livros da história da literatura juvenil e foi transformado em filme com Brenton Thwaites, Jeff Bridges e Meryl Streep nos principais papeis. Diz ele: “A pior parte da conservação das memórias […] é a solidão. As memórias precisam de ser partilhadas.
Pois bem, ao que vêm estes dois pensamentos?
Quando decidimos (re)editar a Revista da Maia, pensamos sempre que ela tivesse uma função principal e primordial – ser guardiã das memórias maiatas.
A Memória é estruturante. É coluna vertebral da identidade de um povo, de um território, de uma nação. É componente fundamental daquilo a que chamamos História. E, nessa circunstância, permite-nos conhecer melhor o presente e preparar o futuro. Quantas questões poderiam ter sido evitadas se atendêssemos às lições do passado.
Por isso, como refere Wilde, ela é o diário que trazemos todos os dias e onde vamos apontando as coisas.
Mas a Memória é também património, e nesse sentido é uma escolha geracional daquilo que deve ser legado à geração seguinte para que ela melhor possa caracaterizar a nossa.
E aqui entra a segunda das duas ideias que inicialmente vos transmiti. A memória é como aquele recetor que recolhe a água da chuva, formada por milhares de gotas, mas que no fim se transforma naquele líquido homogéneo. A Memória é de todos, e é constituída pelas memórias de cada um, vertidas depois numa perspetiva mais coletiva. E por isso devemos legar à geração vindoura não apenas memórias escolhidas por nós, mas materiais que eles próprios possam trabalhar na sua perspetiva de conhecer. Mas isso só acontece se a memória, ou melhor, as memórias, forem partilhadas. Forem (re)vividas pelos seus protagonistas, mas “experimentadas” por todos nós.
E ao fim de quatro anos, a Revista da Maia tem cumprido esse papel que lhe atribuímos – guardar e redistribuir as memórias maiatas.
E para uma melhor intercomunicação com os leitores, criamos uma nova secção que permite exatamente dar a conhecer, em textos curtos, essas memórias que tão importantes são para a sucessiva (re)construção da nossa identidade. Chama-se essa rubrica “Memórias da Comunidade”.
Usem-na, preencham-na. Ficaremos todos mais ricos.
Mário Nuno Neves
(Diretor)
revista_maia_4__1__2