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A Campa do Preto
É bem conhecida a estória do "Santo Preto". Um proprietário de Guilhabreu, por volta de 1790, e por desavenças várias com um seu criado (escravo), amarrou-o ao cavalo, lançou-se à desfilada, e o pobre do negro foi sendo arrastado pela cavalgadura e pelo cavaleiro, indo sendo desmembrado pelo atrito com o chão, até que a cabeça haveria de ser encontrada em Gemunde, onde o sepultaram.
Não é este o local e o momento de fazer crítica histórica a este episódio. O que é facto é que a festa da Campa do Preto, assim conhecida pela população, mesmo que travestida de outras designações, como a de Festa da Cereja, continua a dar-se, e que consegue aqui, com cautelas que baste, fazer-se uma curiosa simbiose entre o pagão e o cristão.
Pinho Leal, comentando o facto afirma: "Foi isto sabido pelas autoridades eclesiásticas e administrativas, que mandaram para aqui uma força de tropa que demoliu tudo e prendeu os especuladores criminosos".
Sabemos, pelo respectivo processo, que, para além da intervenção policial, houve uma "peritagem" ao local, ordenada pelo
Administrador do Distrito. A ela assistiram, entre outros, três clérigos, dois juízes, e muita muita gente. Feitas as competentes averiguações superficiais, procedeu-se depois a escavações, verificando-se que no local não foi encontrado "nem um osso de gato".
Mesmo assim a devoção ao Santo Preto não esmoreceu, levando a que no prestigiado "Tripeiro", em 1909, se escrevesse contra ela nova diatribe.
E a "romaria" continua até hoje, sendo mesmo um dos grandes acontecimentos populares desta zona. Ícone da freguesia de Gemunde, é mais um dos (felizmente ainda) muitos contrastes entre o rural e o urbano nesta antiquíssima Terra da Maia.