6338
Institucional6193
Eleições Legislativas 20254289
Notícias3248
Agenda: próximos eventos6839
Câmara Municipal4365
Assembleia Municipal4614
Apoio ao Consumidor955
Recursos Humanos9149
Polícia Municipal7646
Proteção Civil3049
Provedor dos Munícipes5329
Plano de Mobilidade Sustentável4497
Roteiro para a Neutralidade Carbónica da Maia 20308148
Planeamento3385
Reabilitação Urbana2723
Relações Internacionais8079
Inovação e Desenvolvimento5067
Gestão Urbana3969
Regulamentos Municipais678
BUPi - Balcão Único do Prédio9784
Atendimento Municipal5730
Empresas Municipais727
Sistema de Gestão749
Requerimentos4320
Metrologia2409
Boletins Municipais3240
Juntas de Freguesia1679
Canal de Denúncias327
Contactos
631
Viver7026
Investir8477
Visitar
Moreira
Igreja Conventual de S. Salvador
Antigo mosteiro que data de meados do Séc. IX. A igreja, seiscentista, é a mais antiga da diocese do Porto, tendo levado 34 anos a edificar. Em meados do Séc. XII, este Mosteiro já teria adoptado a regra de Santo Agostinho. A fachada da Igreja apresenta-se regrada e austera. O granito dá-lhe um tom sombrio. A planta da Igreja é de nave única, com falso transepto aproveitado em capelas, inserindo-se ainda, no segundo terço superior da nave, duas capelas laterais.
As dimensões totais da Igreja (cerca de 45 x 11m), a envergadura e altura da nave de abóbada de berço, de caixotões regulares, o monumental cruzeiro, a relativa grandeza, apesar da sua pouca profundidade, das capelas laterais e, finalmente, a expressiva imponência da espaçosa capela mor, emprestam ao conjunto uma clara sensação de dignidade, grandeza e monumentalidade, já anunciada de resto, no portal principal sob a galilé e, logo depois, no amplo arco abatido que suporta o coro.
A riqueza da Igreja é manifestamente acrescentada pelo altar-mor e pelos dois altares do cruzeiro, de execução posterior ao edifício, em talha barroca maiata. Lembra-se ainda o azulejo seiscentista de padrão contínuo, o cadeiral dos cónegos, o tecto da sacristia em caixotões de castanho, a ala Norte do Claustro, o orgão barroco e a relíquia do Santo Lenho que se encontra lá desde 1085.
Quinta do Mosteiro
A Quinta do Mosteiro remonta a muitos séculos atrás. A sua fundação é da autoria da ordem dos Agostinhos da Santa Cruz, no ano de 1060. Porém, durante mais de quinhentos anos, o tempo encarregou-se da sua degradação, tornando-se imperiosa a reconstrução do edifício. Foi então no século XVII que a Quinta começou a ser reconstruída pelo Prior Brandão, concluindo-se as obras em 1622. Já no século XIX o Mosteiro foi vendido a um desembargador, e alguns anos mais tarde, novamente vendido ao tribuno liberal, José Estevão Coelho de Guimarães.
A Quinta do Mosteiro atingiu todo o seu esplendor durante a posse do conselheiro Luís de Magalhães, na passagem para o século XX. Estadista, combatente monárquico e intelectual da geração de 70, Luís de Magalhães manteve grande intimidade com escritores como Oliveira Martins e Eça de Queirós, tendo este último referido algumas vezes, nas suas abras, a Quinta do Mosteiro e todo o seu especial encanto.
Hoje a Quinta continua a transmitir o mesmo esplendor. Dividida entre duas famílias, Sottomayor e Vanzeller, a Quinta do Mosteiro mantém-se presente no nosso património, guardando para si um passado quase milenar.
Praça do Exército Libertador
Um pouco à semelhança de artes como a pintura e a escultura, os espaços tambem contam História. As grandes revoluções e contra-revoluções da História de Portugal passaram quase obrigatoriamente pelo norte do país. A Maia, também ela, foi palco desse tempo que ainda hoje se constrói.
O Parque de Pedras Rubras é disso exemplo flagrante. Em 1832, D. Pedro desembarcou com o exército Liberal em Pampelido (Mindelo). As tropas do então regente do reino, em nome de D. Maria Glória, acamparam nesta praça, preparando então o que viria a ser a implantação do regime liberal e o consequente afastamento de D. Miguel. Hoje as revoluções são outras. Todas as semanais, à Quinta Feira, o parque recebe uma feira, a mais tradicional do Concelho. A partir das seis da manhã vende-se ali um pouco de tudo, desde roupas a alimentos. Semeado de árvores, o parque tem em cada extremidade uma igreja: a capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens e a capela do Cristo Rei de Pedras Rubras e ainda o Nicho das Alminhas, únicas testemunhas de toda a actividade secular que o parque proporciona.
Do passado, restam apenas as imagens que o mestre Albino José Moreira (1895/1994) nos transmitiu em aguarela, onde podemos acompanhar não só a evolução do parque como também da sociedade local, que vê hoje os seus hábitos completamente modificados em relação ao início do século.