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PROJETO CORRENTE RIO LEÇA – VIAGENS NO TEMPO
A iniciativa Viagens no Tempo com vista à concretização de um caminho pedonal ao longo das margens do Rio Leça
A iniciativa Viagens no Tempo com vista à concretização de um caminho pedonal ao longo das margens do Rio Leça, para dar a conhecer a sua etnografia e beleza natural. Foram concretizadas várias ações entre visitas ao percurso, reabilitação de um moinho, limpeza do leito, moagem de milho e foram compiladas as contribuições dos participantes para melhorar e conhecer este percurso.
A beleza do Rio Leça é estranhamente desconhecida por muitos dos Maiatos e ainda mais esquecido é o seu património etnográfico. Dele se fala apenas pela imagem degradante de um passado recente, mas o Rio Leça está a mudar! Está a melhorar, a ganhar a capacidade para prestar os serviços ambientais essenciais para a saúde, para a região e para partilhar a beleza da sua rota, aqui acidentada, ali serena, pontuada por moinhos ancestrais, ladeada por campos, guardada por amieiros, salgueiros, freixos e choupos, que teimosamente resistem às cheias e protegem as margens das derrocadas.
O Rio Leça e o Vale do Leça, merecem sem qualquer rival, o estatuto de maior e mais importante valor patrimonial natural da Maia. Nas suas margens se fez muita da história da Maia, os moinhos e a atividade moleira trouxeram riqueza à região e moldaram a atividade agrícola, que registou no passado 354 mós ativas. A sua vasta rede hidrográfica alimentou a agricultura maiata e a prosperidade da região. As suas paisagens bucólicas foram inspiração para poetas e aí estão para nos inspirarem a todos.
No Leça já se podem encontrar vários peixes, Enguias, Góbios e nos seus afluentes mais limpos, podemos encontrar Ruivacos e Escalos. Podem-se também encontrar diversa aves ao longo das suas margens, guarda rios, garças-boeiras, garças reais, patos bravos, rabirruivos, alvéolas cinzentas, alvéolas brancas, pegas, maçaricos das rochas, verdilhões, entre outros, algumas delas que se alimentam dos peixes e outras que vivem da exuberante dinâmica do ecossistema fluvial.
Foi para valorizar toda esta riqueza que nos propusemos a criar um percurso pedonal ao longo das margens do Leça, onde esta história possa ser partilhada a todos os que gostavam de conhecer e viver esta “viagem no tempo”, através da paisagem e da história pelos próprios olhos.
Um agradecimento especial deverá ser dado em primeiro lugar ao Sr. José Beça, pela força e entusiasmo com que se entregou a este projeto desde a sua génese, e ao Dr. André Tomé Ribeiro, que o enriqueceu com a sua paixão pela história e etnografia Maiata.
Os primeiros passos foram percorridos com a realização de um percurso inicial, uma limpeza do leito, uma valorização e moagem no Moinho Gericota e um percurso final que contaram no total, com 170 participantes, que conheceram um pouco mais da sua etnografia e natureza. Estas iniciativas contribuíram para a constatação das vitórias atingidas ao longo de muitos anos de reabilitação e também das imensas tarefas, que ainda estão por realizar, da poluição que ainda teima em persistir e da falta de civismo, dos muitos, que continuam a pensar nas margens do Rio Leça, como um bom local para deixar resíduos de obra, resíduos domésticos e todo o tipo de materiais, que são arrastados pelas cheias degradando a paisagem e prejudicando todos.
Desde o primeiro momento foi solicitada a colaboração dos participantes na recolha de registos vídeos e imagem, para que pudessem contribuir para identificar os momentos/locais/paisagens que mais gostaram e os que menos gostaram e que por isso seriam pontos a intervir por parte deste projeto. Este esforço foi recompensado de forma muito generosa por parte de alguns participantes, o que resultou num conjunto de vídeos, imagens, um artigo e uma apresentação que podem ser visualizados através nos separadores que se seguem abaixo.
As possibilidades e o potencial do Rio Leça continua a ser enorme e esperamos contar a ajuda e todos para percorrer este caminho e valorizar as margens do Rio Leça, através do que ele mais necessita: a presença da população, a sua proteção, o seu respeito pela conservação das árvores das suas margens e da limpeza da água. Esperamos continuar a constituição deste caminho pedonal, colocar informação ao longo do percurso, abrir um moinho funcional ao público, melhorar as suas margens e acessos em 2014.