![]()
8916
Institucional8424
Eleições Presidenciais 20269750
Notícias9363
Agenda: próximos eventos8051
Câmara Municipal1821
Assembleia Municipal1489
Apoio ao Consumidor7186
Recursos Humanos3835
Polícia Municipal3704
Proteção Civil8399
Provedor dos Munícipes8655
Energia e Mobilidade9664
Planeamento9906
Reabilitação Urbana911
Relações Internacionais5446
Inovação e Desenvolvimento8932
Gestão Urbana6589
Regulamentos Municipais4672
BUPi - Balcão Único do Prédio5145
Atendimento Municipal926
Empresas Municipais251
Sistema de Gestão7819
Requerimentos5014
Metrologia7784
Boletins Municipais9675
Juntas de Freguesia2210
Canal de Denúncias1236
Contactos
1360
Viver9352
Investir4075
Visitar
Visita ao Norte, almoço na Maia
![]()
O célebre almoço da rainha D.ª Maria II no Câstelo da Maia, insere-se no contexto mais vasto da visita da Família Real ao Norte.
O Norte tinha sido o epicentro das revoltas que levaram ao fim do governo do conde de Tomar. Por esse motivo, o duque de Saldanha, à frente do novo governo, achou conveniente fazer uma visita de charme, de modo a revivificar o amor da região à monarquia. Assim, D. Maria II, D. Fernando e os filhos mais velhos, D. Pedro e D. Luís, partiram a 15 de abril de 1852 em direção ao Norte.
Receção da Família Real em Coimbra está muito bem documentada no livro de memórias de Bulhão Pato e em vários aspetos se assemelha à que ocorreria na Maia, uns dias mais tarde. Isso acontece porque, por essa altura, Rodrigo da Fonseca, ministro do reino, já tinha nomeado governadores civis da sua confiança para todos os distritos. As ordens saíam de Saldanha para o ministério do reino, e daí para os governos civis que as encaminhavam para os municípios. Por isso, não admira que se repitam em vários lugares as girândolas e foguetes, as flores e as janelas com colchas de seda e damasco.
A viagem foi feita por terra na sua totalidade e D. Maria aí manifestou a sua mais forte convicção sobre a política do país: era preciso reparar as estradas. Isso mesmo a soberana manifestou em carta à rainha vitória: “Creio que agora se fará qualquer coisa a favor das estradas; se há uma verdadeira opinião popular neste país, e mesmo uma vontade, é pelas estradas.” A preocupação da rainha era partilhada pelo rei consorte, que já o havia reportado ao Ministro do Reino, Rodrigo da Fonseca. A resposta é pouco animadora: “com sobeja razão deplora a decadência dos edifícios públicos e o bárbaro descuido das vias de comunicação em todo o reino. Estamos tratando deste segundo objeto e esperamos começar algum trabalho útil. Se chegarmos a ver feita a estrada de Lisboa ao Porto, e a da capital a Badajoz, não me ficará receio de que as demais fiquem por fazer.” (Cf. Biografia D. Maria II, M.ª de Fátima Bonifácio).
Não admira, portanto, que o Governador Civil do Porto tenha recomendado que se procedesse à reparação da Estrada Real (atual EN14), como parte dos preparativos da receção à rainha. Na projeção animada que faz parte da nossa exposição temporária, a rainha queixa-se dos buracos na estrada numa alusão a este assunto.
Legenda Imagem:
D. Maria II, Rainha de Portugal St.ª Bárbara, 1853. - [Lisboa s. n., 1853]. - 1 gravura litografia, p&b