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Cestos Florais Maiatos
A Maia é uma região possuidora das mais profundas tradições rurais/religiosas.
Será necessário penetrar no Concelho, através das mais pequenas estradas e percorrer os locais que não estão assinalados nos mapas para se deparar com as mais rústicas casas rurais, igrejas e capelas.
A Maia sempre dedicou fervorosa devoção a Cristo e à Virgem Maria.
Como afirmou o Dr. José Vieira de Carvalho, “...com a sua devoção, com os seus legados, com os seus óbulos, com as suas oferendas e com a sua esperança. Ali concorriam cultivadores vindos de longe e atraídos pela certeza de êxito numa exploração objectivamente dirigida e, sobretudo paternal auxiliada".
Assim, o povo Maiato vai materializar a sua devoção, oferecendo os cestos florais à Virgem Maria.
Ao que sabemos, os cestos florais remontam ao último quartel do Século XVIII. A sua confecção era realizada em segredo nas típicas traseiras das casas.
O material usado era todo arrancado da natureza. As verdes canas que serviam de estrutura eram atadas com «fio do norte», e no seu interior se amontoava a perfumada murta, até se conseguir uma forma compacta e firme, para docemente receber as belas flores que lhe serviam de vestido, muito colorido, com formas e desenhos ao gosto de cada um.
O dia da procissão era o mais esperado. Saem orgulhosamente à rua as mulheres maiatas, para os transportar com carinho e orgulho à cabeça e os depositar depois aos pés da Santa Virgem.
“…era eu ainda garoto, quando o Mestre Albino me pediu para lhe dar uma ajuda na confecção de um cesto floral.
Foi num dia de sol, nas traseiras da sua casa; aí se amontoava a verde murta tão perfumada, que houvera sido cortada no dia anterior, na Casa da Torre e na Quinta do Mosteiro. Mais ao lado, quatro canas e outras tantas muito mais pequenas; à mistura um novelo de «fio do norte».
No outro lado do pequeno jardim, avistei um belo quadro tão natural, parecia uma das belas pinturas do Mestre Albino: eram as flores! De tantas cores, como um arco-íris, e brilhavam nelas as pequenas gotas d’orvalho de S. João".