![]()
5705
Institucional6761
Eleições Presidenciais 2026613
Notícias3817
Agenda: próximos eventos2995
Câmara Municipal4240
Assembleia Municipal7357
Apoio ao Consumidor484
Recursos Humanos3237
Polícia Municipal6933
Proteção Civil9700
Provedor dos Munícipes2788
Energia e Mobilidade3511
Planeamento9887
Reabilitação Urbana6649
Relações Internacionais8519
Inovação e Desenvolvimento6327
Gestão Urbana8295
Regulamentos Municipais6020
BUPi - Balcão Único do Prédio4682
Atendimento Municipal19
Empresas Municipais5845
Sistema de Gestão1138
Requerimentos2904
Metrologia4566
Boletins Municipais1761
Juntas de Freguesia2190
Canal de Denúncias622
Contactos
4844
Viver7263
Investir204
Visitar
Carolina Michaëlis
![]()
De seu nome completo Carolina Wilhelma Michaëlis de Vasconcelos, nasceu em 1851 em Berlim, vindo a falecer em 1925, no Porto.
De formação autodidata, (àquele tempo a mulher não tinha lugar na Universidade nem sequer no ensino médio) começou muito cedo a investigar e publicar trabalhos de valia. Apenas com 16 anos, publicava já trabalhos de língua e literaturas italiana e espanhola, tornando-se assim conhecida entre a intelectualidade europeia.
O seu grande interesse por Portugal e pela sua cultura, literatura e língua, levou-a a corresponder-se com estudiosos portugueses, vários deles da Geração de 70. Entre esses correspondentes estava Joaquim de Vasconcelos, prestigiado musicólogo e historiador de arte, com quem viria mais tarde a casar. O futuro marido foi várias vezes visitá-la a Berlim e, em março de 1876, aí casaram. Depois de uma viagem de núpcias pela Europa, foram viver para o Porto, para a Rua de Cedofeita.
Escritora, crítica literária, lexicógrafa, foi a primeira mulher professora universitária em Portugal, neste caso na Universidade de Coimbra. desenvolvendo o seu trabalho de investigação no âmbito da cultura portuguesa medieval e quinhentista.
Dirigiu ou colaborou em numerosos periódicos, como é o caso da Revista Lusitânia e dos Jornais “O Comércio do Porto” e o “Primeiro de Janeiro” que editavam importantes páginas literárias e culturais.
Nas férias e nos fins-de-semana, a família reunia-se na sua casa de Águas Santas, nas margens do rio Leça e aqui, Carolina com o marido, que adoravam a natureza, bem como a nora e os netos, desfrutavam do jardim, do ar livre, da natureza e do rio, então sem mácula. Também era neste “refúgio” de Águas Santas que Carolina procurava a paz e a disponibilidade de espírito para redigir os seus trabalhos. A prova da grande ligação desta casa à família é que a sua filha Lotte, depois de terem morrido os sogros e o marido, foi viver para Lisboa, mas vinha com alguma regularidade a Águas Santas, tendo até aqui falecido em 1950.
Pela sua ligação territorial, cultural e telúrica à Maia e a Águas Santas, Carolina Michaëlis bem merece ser considerada uma Grande Maiata.